ENTENDENDO MELHOR NOSSOS JULGAMENTOS...
Comumente, fazemos julgamentos de tudo e de todos, a despeito da aceitação ou não dos nossos pares. Porque isso acontece quando somos sabedores de que, embora donos de um livre arbítrio, nossos direitos vão até onde iniciam os do outro?
Diante deste conflito, passo a refletir um pouco sobre o assunto, e estendo um convite a quem o queira fazê-lo também ...
Entendo, que ao nascermos, trazemos em nosso íntimo uma base de conhecimentos, resultantes de experiências vividas em algum tempo passado. Conhecimentos que vamos aprimorando ao longo da nossa estada aqui nesse plano, onde cada aprendizado é acrescentado a esse compêndio, caracterizando assim a unidade de cada ser. Acredito ainda, que nossos insights ou lampejos intuitivos, sejam provenientes desses registros.
Assim sendo, penso que somos a somatória de inúmeras informações, que assimilamos durante o nosso caminhar, e de acordo com essa base, vamos fazendo nossa leitura de mundo, levando em conta, todo o seu conteúdo.
Diante de tal reflexão, percebo que nosso julgamento em relação a algo, acontece automaticamente, pois o processo natural de um aprendizado – processo esse, presente no nosso dia a dia –, se estabelece ao primeiro contato com o objeto de estudo. Momento em que você internaliza, através dos sentidos, a nova informação que, quando comparada a tudo quanto esteja armazenado, vá resultar numa nova interpretação do assunto em questão, gerando assim uma absorção ou rejeição total ou em parte do mesmo.
Impossível nesse momento não tecer um julgamento, independente de querermos ou não, pois essa condição é intrínseca no ser humano. A forma como ele é externado, é que poderá se tornar um problema, pois dificilmente algo bom é socializado. A tendência humana é fazer comentários sobre o lado negativo. Eis o “quê” da questão...
Como vimos, julgamentos são naturais em nossa vida, a sua condução no processo de aprendizagem é que faz toda a diferença!
Muitas vezes ouvi os mais sábios dizerem: “o que você julga de erro no seu próximo, pode ser alvo dos seus desejos mais profundos”.
Se analisarmos a fundo tais palavras, veremos que procede. Na condição de ser social, vamos criando normas e regras para um bom viver em nosso meio, seja ele qual for, e que nem sempre estamos de comum acordo. Afinal somos únicos em nosso todo! Como generalizar um aprendizado, quando não somos iguais a máquinas oriundas de uma linha de produção? Como querer a unificação de ideias, quando apresentamos características diferentes? Aliás, graças a Deus, não somos iguais, e essa é uma das principais belezas da Criação Divina!
Precisamos sim, aprender com as nossas diferenças! Não podemos fortalecer, em nós, o hábito de criticar negativamente as ações dos outros, e sim, auxiliá-los para um crescimento, seja cultural, de convivência, de responsabilidades, compreensão, amorosidade; enfim, que possamos ser sempre um instrumento a serviço dos propósitos divinos!
Acabo de registrar um pouquinho do meu EU...
Assim penso, assim julgo, assim cresço! Pensando bem, crescemos sempre quando somos julgados ou quando julgamos, pois o resíduo que fica desse processo, será sempre um aprendizado que carregaremos no nosso interior!
Já estou julgando novamente... É a vida!