Textos


As nuances do Amor


“Ao toque do amor,
Todas as pessoas
Se tornam poetas. (Platão).
Definir e falar sobre sentimentos não é tarefa fácil, pois envolve o abstrato, dificultando um melhor entendimento. Imagine a grandeza dessa responsabilidade quando esse sentimento é o amor...
Embora sejam muitas, as suas definições e formas, nem sempre é fácil, as enquadramos nos nossos conceitos, uma vez que somos únicos em tudo, o que nos individualiza e nos torna seletivos automaticamente.
Atrever conceituá-lo é querer tornar-se prolixo e não chegar a lugar algum, pois o máximo que se consegue é descrever a sua manifestação, através dos próprios sentidos, que nem sempre são confiáveis.
Assim sendo, questiono, o que é mais importante em relação ao amor? A sua descrição ou senti-lo profundamente?
Começando por partes…
É necessário, primeiro, citar algumas das diferentes formas de manifestações do amor, porque vale salientar, que o amor é único, mas, a sua caracterização, vai depender do foco, a que está direcionado. Assim sendo, os mais frequentes, em nossa vida, são: Amor materno/filial, amor fraterno/irmãos, amor próprio, amor a vida, amor a natureza/animais, amor platônico, amor ao próximo, e o amor/paixão, entre tantos outros.
Todas as manifestações do amor, citadas acima, são importantes na nossa vida, mas para que sejam de fato sentidas e demonstradas, é necessário uma boa base de valores, que nos permita o desabrochar desses sentimentos.
Quanto a descrevê-los...
Se nesse exato momento eu fosse externar minha opinião, sobre esse sentimento tão sublime, e suas diferentes formas, por mais que me esmerasse, apenas reforçaria as minhas palavras primeiras, ou seja, só falaria sobre o meu sentir, que por sua vez é diferente de outras pessoas.
Com certeza, estaria sempre incompleto para alguém. Talvez nem mesmo eu o consiga descrevê-lo, com a mesma intensidade que o sinto. É complicado!
O mais interessante nessa história toda, é que, quando a palavra ”Amor” é citada numa roda de conversas, a primeira forma dele, que nos vem em mente, é o Amor/Eros/paixão.
Esse tipo de amor, cujo modelo é especial, também não se escolhe, não se compra, não se determina tempo de duração, mas se faz, dotado de atos carinhosos, compreensivos, preocupados com o bem estar do seu ente querido.
Esse tipo de amor, todos nós, de um jeito, ou de outro, vive ou já o viveu e tem uma história para contar sobre. Por mais íntimo que lhe seja, mais dias, menos dias, você compartilhará com alguém de sua confiança, ou mesmo se trairá através de um olhar apaixonado, um gesto carinhoso, um sorriso ou até mesmo, em poesias, como afirmava Platão – “Ao toque do amor, Todas as pessoas, se tornam poetas” .
Acredito que o amor, não importando a sua forma, será sempre a força motriz do mundo. Por mais contraditório e estranho que possa parecer - horas tão frágil, horas tão forte, ele permeia o universo e de um modo geral, nos torna pessoas mais dóceis e equilibradas.
O fato é, que quem o vive, sente a necessidade de mostrá-lo, e como não poderia deixar de ser, a alegria sentida tem que ser compartilhada, daí a conclusão de que no “pacote do amor”, seja ele do tipo que for, já vem inserido a bula com a sua descrição, lembrando que a prescrição e os efeitos colaterais são pessoais, portanto, nem sempre o que é bom para mim, será para você!
Para mim, o amor se fortalece mais e mais, na reciprocidade... E para você?
Vanda Jacinto
Enviado por Vanda Jacinto em 11/06/2020
Alterado em 11/06/2020


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